Jogadores do Ceará entram em acordo com a Diretoria do clube sobre questão salarial
O Ceará alcançou um acordo com o elenco e reduziu o salário dos jogadores durando o período de paralisação do calendário nacional. Com a recusa da proposta da Comissão Nacional de Clubes (CNC), a diretoria alvinegra assumiu uma negociação direta com os atletas e logrou êxito.
Toda a situação foi acompanhada pelas lideranças do grupo de jogadores, como o meio-campista Ricardinho.
A atitude dos jogadores, alinhada com as perspectivas já apresentadas pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Ceará (SAFECE), vislumbra assegurar que nenhum funcionário do clube seja demitido.
No acordo, divulgado inicialmente pelo portal UOL, os atletas aceitaram reduzir parte do montante, com possibilidade de retorno financeiro no futuro. O elenco entra de férias entre os dias 1º e 20 de abril, com possibilidade de expansão por mais 10 dias.
Os pagamentos de abril, referentes ao mês de março, serão feitos: 75% do salário na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) quitado em 20 de abril e 75% dos direitos de imagem (75%) serão pagos em 30 de abril. Os 25% restantes da CLT e da Imagem serão diluídos nos pagamentos dos atletas a partir de julho.
No caso dos valores de maio, referentes ao mês de abril, a distribuição é: 75% do salário na CLT e das férias pagas em 20 de maio e 75% dos direitos de imagem serão pagos em 30 do mesmo mês. O detalhe é que dos 25% restantes de salário na CLT e imagem, os atletas abriram mão de 10%. Assim, os 15% restantes serão complemento do salário a partir de julho. O valor será diluído ao longo do contrato.
Na semana passada, o presidente do Vovô, Robinson de Castro, garantiu que nenhum dos 267 funcionários da instituição será demitido. O diagnóstico de saúde financeira deixa o Alvinegro com caixa para sustentar o funcionamento do time por completo durante os próximos meses, sem abdicar de salários ou dívidas – como parcelas do FGTS e do Profut. O custo mensal de manutenção da instituição é de aproximadamente R$ 5 milhões – valor mínimo necessário.
FONTE: DN