Bolsonaro defende volta do futebol e sugere ouvir sindicatos; SAFECE prega cautela

Em live transmitida direto da rampa do Palácio do Planalto, na tarde deste sábado, 18, o presidente Jair Bolsonaro disse ser a favor da retomada dos jogos de futebol, mesmo que com portões fechados. Na opinião do presidente, a paralisação dos campeonatos pode levar à falência os clubes de menor porte.

“Tem time aí que já praticamente vai decretar falência. Times de segunda divisão, com toda certeza. Times que estão disputando as divisões dos seus respectivos estados […] como vai manter o time sem que se gere imagem? Estádio, a princípio fechado, mas como vai gerar receita para manter essa folha de pagamento?”, disse Bolsonaro.

O presidente alegou, no entanto, que a decisão não cabe ao governo federal, perguntou a opinião de uma pessoa que estava próximo se os jogos poderiam voltar com os estádios vazios e sugeriu que os sindicatos dos jogadores fossem ouvidos sobre o assunto. O futebol brasileiro está parado oficialmente desde o dia 15 de março, após decreto da CBF, devido a pandemia de coronavírus.

Esportes O POVO procurou o Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Ceará (Safece) para pedir um posicionamento. O presidente da entidade, Marcos Gaúcho, disse compartilhar das mesmas preocupações de Bolsonaro, mas destacou que é necessário ter segurança para a retomada dos jogos.

“A preocupação do presidente Bolsonaro é também nossa, por isso a gente entende que sim, o futebol deve voltar, mas com segurança. Acho muito cedo para que possamos ter uma resposta nesse sentido e são fundamentais as informações que vêm dos órgãos de saúde. Tenho a convicção de que deverá, em breve, ser criado um protocolo de segurança com relação a nossa categoria”, disse Marcos Gaúcho.

O presidente do Safece também falou especificamente sobre um retorno do futebol sem a presença de público. “Mesmo com portões fechados, envolve grupos de trabalho, não só atletas, mas comissão técnica, diretoria e isso são riscos iminentes, com aglomerações e possibilidade de contágio. A gente aguarda um posicionamento oficial dos órgãos de saúde para que a gente possa discutir isso com os atletas”, finalizou.

FONTE: O POVO

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